Ilha do Mel: a experiência de acampar sete dias na ilha mais famosa do Paraná

Região de Fortaleza ao fundo e mais próximo o Morro e o Farol das Conchas (Foto: Matheus)
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Já visitamos muitas praias na região do litoral de São Paulo, mas em nenhuma das vezes cogitamos a possibilidade de passar pela experiência de acampar em algum lugar assim. Sempre ficamos em apartamentos ou pousadas, no máximo um hostel. Mas no meio de 2017 surgiu a possibilidade de passar por uma experiência diferente, alguns amigos se propuseram a organizar uma viagem para a famosa Ilha do Mel, localizada no litoral norte do estado do Paraná. Um local com grandes belezas naturais, praias e um rico acervo de lugares históricos.

A viagem seria simples, duas vans levariam 28 pessoas ao longo de 900 quilômetros de estradas, e nos hospedaríamos em um camping entre os dias 26 de dezembro e 02 de janeiro de 2018 para comemorar o réveillon em grande estilo. Devo confessar que de início torci o nariz, viajar de van (um verdadeiro aperto) e acampar em um lugar desconhecido para mim parecia furada, porém o desafio de uma experiência mais root e a saudade do mar pesaram demais na decisão e no dia 25 de dezembro, após o almoço de Natal em família, partimos rumo a tal Ilha do Mel.

Ponto de encontro rumo à Ilha do Mel (Foto: arquivo pessoal/ divulgação)

 

Foram 15 horas de viagem até chegar em Pontal do Paraná, local onde é possível embarcar em uma balsa que leva até a Ilha, distante a 4 quilômetros do continente, onde não é permitida a circulação de veículos. Para fazer a travessia com a embarcação é preciso comprar um bilhete que custa R$ 35,00 (ida e volta). O trajeto demora em média 20 minutos e é possível admirar uma bela paisagem durante o caminho, inclusive golfinhos. A ilha é dividia em três principais regiões: Fortaleza (norte), Brasília (centro) e Encantadas (sul). Nos hospedamos em Encantadas.

Logo no dia de chegada já veio o primeiro susto: tempo fechado ameaçando chover, neste momento eu já me preocupava com a questão de montar nossa barraca (minha e da Jú) embaixo de chuva.

Praia Encantadas (Foto: Leandro Seles)

 

Desembarcamos no píer da Praia de Encantadas às 08h30 do dia 26, a vila não tem ruas pavimentadas, à beira da praia principal ficam restaurantes, supermercados, bares e lojas, mais adentro da ilha, percorremos algumas trilhas onde ficam as pousadas, campings, lanchonetes e casas. Para chegar até o nosso camping foi necessária uma pequena caminhada de 10 minutos, as grandes malas tiveram que ser carregadas em carrinhos puxados manualmente por trabalhadores, dividimos o custo de R$ 30,00 do carrinho em três pessoas e ficou um preço justo.

Chegada no pier de Encantadas, tempo fechado preocupou um pouco (Foto: Leandro Seles)

 

Chegamos no camping com um chuvisco até que forte, foi correria montar a barraca sem deixar o seu interior molhar, após tudo pronto eu estava ensopado, tomei um banho e troquei de roupa para ficar mais confortável. Muitos dos próximos dias foram de chuva e aprendemos da pior forma que uma barraca mal preparada pode significar uma grande dor de cabeça. Antes de ir acampar pesquisamos por modelos de barracas que fossem resistentes a um tempo ruim e dentro no nosso orçamento investimos na melhor opção disponível no mercado. A barraca Vênus da marca Guepardo, para 4 pessoas.

 

Barracas bem protegidas contra chuva é a principal dica para quem vai acampar (Foto: Thais Antoniassi/Divulgação)

 

Se você não montar a estrutura da barraca corretamente e a lona superior ficar em contato com as paredes internas da barraca, pode acontecer de entrar umidade e, como foi no meu caso, molhar roupas, tolhas e até o colchão. Ao longo dos dias percebemos que a melhor forma de proteger a barraca da chuva é armando outra lona bem esticada e com uma queda acentuada por cima da estrutura para escorrer a água sem acúmulos, evitando assim que a mesma fique muito tempo em contato com a água. #Ficaadica

Após tudo pronto nos preparamos para conhecer os arredores de onde estávamos hospedados, chovia fraco, mas nada que impedisse um passeio. No primeiro dia conhecemos a praia do Mar de Fora, do lado oposto da praia onde desembarcamos, de frente para o Atlântico. O lugar é muito belo, em seus arredores não existem restaurantes, bares ou quiosques perto da areia, que é fina e clara.

A praia do Mar de Fora é frequentada pela maioria das pessoas que querem tomar um bom banho de mar, pegar uma corzinha no sol ou surfar nas fortes ondas. A sua faixa de areia é extensa e larga, ao sul fica a Gruta das Encantadas e ao norte o Morro do Sabão, que leva até alguns mirantes e a quase deserta e paradisíaca Praia do Miguel.

Praia do Mar de Fora, região de Encantadas – Ilha do Mel/PR (Foto: Juliana Elias)

Praia do Mar de Fora: águas agitadas, ideal para surf e excelente para se divertir (Foto: Juliana Elias)

 

Turismo Natural

vista do alto do Farol da praia de Fora (Foto: Juliana Elias)

 

Registros datam que nas décadas de 30 e 40, antes da 2ª Guerra Mundial a ilha já atraia turistas, o que favoreceu o desenvolvimento balneário nas imediações da Fortaleza.  As casas de madeira possuíam estilo próprio e havia até mesmo um hotel também em madeira, onde eram realizados grandes bailes.

A 2ª grande guerra pôs fim ao Balneário da Ilha do Mel com sua ocupação militar. O Ministério do Exército requisitou as casas dos banhistas, devolvendo-as em 1946 em estado precário, com móveis e utensílios danificados ou pilhados. A erosão marinha atingiu severamente a estrutura do balneário, afetando casas e arrancando árvores. Desgostosos os banhistas passaram a frequentar as praias de Matinhos, Caiobá e Garatuba. A comunidade nativa também sofreu com a decadência do Balneário iniciada em 1943, a qual acentuou-se com a dificuldade do transporte marítimo. Restaram as casas arruinadas, telhados caídos, portas arrombadas, vidraças quebradas como vestígios de tempos melhores. Nesse pedaço abandonado da ilha, a natureza, aos poucos recuperou-se.

Tombamento

Em 1975 a Ilha do Mel foi tombada e posteriormente criada a Reserva Ecológica, com o intuito de proteger e preservar os ecossistemas das restingas e dos morros. O plano diretor prevê áreas de ocupação, tanto pela população local como pelos veranistas, estabelecendo diretrizes para a preservação do patrimônio natural do restante da ilha. O acesso ao local é controlado, por lá não podem entrar mais de 5 mil turistas de uma vez.

Gruta das Encantadas

A Gruta das Encantadas é um dos maiores pontos turísticos da ilha, uma caverna milenar cercada de histórias e lendas. Os nativos contam que há muito tempo lindas mulheres viviam perto da gruta, elas dançavam e cantavam ao nascer do sol, o canto delas era hipnotizante e os pescadores que as ouviam perdiam o rumo de suas embarcações, batendo contra as rochas e naufragando. Diz a lenda que uma vez um índio tentou se aproximar delas, ficou tão encantado com a beleza das mulheres que se apaixonou por uma e para ficar eternamente ao lado dela ele aceitou a morte e desapareceu nas águas do mar com a bela moça. Desde então ele e as “Mulheres Encantadas” nunca mais foram vistos novamente, deixando a gruta solitária (adoro lendas locais).

Entrada da Gruta das Encantadas (Foto: Leandro Seles)

 

A caverna não é muito profunda, para chegar até ela é preciso passar por uma ponte de madeira, ou escalar algumas pedras sem muita dificuldade.

Caminho para a Gruta das Encantadas (Foto: Maurício Ferreira)

 

No seu interior, quando a maré sobe, peixes ficam presos na areia e acabam morrendo. O teto é alto e úmido, e o fundo bem escuro. O local é muito visitado pelos turistas por ficar localizado bem perto da maioria das hospedagens.

A Baía dos Golfinhos

Não tivemos a oportunidade de ir até a região habitada pelos golfinhos, que aproveitam a tranquilidade da Baía para procriar. Alguns dos amigos que viajaram com a gente foram até o local, Murilo Vechi conta que pagou R$ 80 pelo passeio à barco, investimento que segundo ele valeu muito à pena, já que a rota passa também por outras duas praias e pelo forte.

Golfinhos nadam sem medo próximo as embarcações que navegam pela Baía dos Golfinhos (Foto: Murilo Vechi)

 

“Tinha bastante golfinhos, vimos uma família de três e teve até uma hora que um passou bem perto do barco, deu pra ouvir ele soltando água e respirando”, conta.

Pontos Históricos

A Ilha do Mel é um local cheio de construções históricas que remontam séculos atrás, os mais famosos são o Farol das Conchas e a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres.

Farol das Conchas

O farol fica localizado no alto do Morro das Conchas, na região de Brasília, e pode ser visto de quase todos os pontos da ilha. Começou a ser construído no ano de 1870, a mando do então Imperador Dom Pedro II, a obra tinha como objetivo reforçar o comércio marítimo na região, demorou dois anos para ser concluída e foi executada por uma empresa inglesa. Os materiais utilizados eram os mais avançados e sofisticados da época. Para chegar até ele é necessário encarar uma escadaria enorme, porém a vista do local é recompensadora. Atualmente é alimentado por energia solar.

Farol das Conhas, na região de Brasília – Ilha do Mel/PR (Foto: Juliana Elias)

 

Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres

Paranaguá sofria eventuais ataques de espanhóis e piratas, que à época assolavam as costas e saqueavam as povoações. A crescente tensão entre Portugal e Espanha tornava iminente a necessidade da construção de um forte no local. Em 28 de dezembro de 1765 a Câmara Municipal aprovou a construção de uma fortaleza na Ilha da Baleia, atual Ilha do Mel, erguida com o auxílio do governo e a contribuição do povo.

Os trabalhos foram concluídos em 1769, segundo documentação existente por apenas 50 operários (pedreiros, carpinteiros) e escravos. No século XX a Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres perdeu seu valor estratégico. Contudo, foi temporariamente reaparelhada durante a 2ª Guerra Mundial. Desativada e abandonada, começou a se transformar em ruínas e após apelos culturais ela foi restaurada e atualmente constitui um monumento da arquitetura militar dos tempos do Brasil Colônia.

Um grupo de sete pessoas que viajou com a gente se aventurou pelas trilhas da Ilha em uma caminhada de aproximadamente 23 quilômetros de Encantadas até o Forte. Eles foram margeando as praias, passaram pelo Farol até chegar ao destino.

“Cansativo foi, só que sem palavras, todos os lugares, todas as praias que a gente parou, conhecemos toda a parte da ilha, passamos pela praia do Farol, andamos toda a orla até chegar ao Forte, chegando lá foi uma coisa incontestável, pois além da paisagem existe toda uma história. O forte é como um Museu, cada cômodo ali tem uma história, o quartel general, o quartel dos tripulantes, a sala da pólvora, a sala de guarnição, então foi esplêndido, foi como uma escola, aprendemos muita coisa ali naquele espaço. O mais legal é saber que a gente tá em uma ilha que não é só uma ilha, é uma ilha que tem várias histórias. Ficamos sabendo que tem dois navios naufragados na frente do Forte que foram derrubados pelos canhões”, conta Emanuel Pádua.

Vista aérea da Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres (Foto: Priscila Forone/Divulgação)

 

Restaurantes

Após o primeiro dia de passeios na ilha descobrimos que precisávamos comer, e muito! Fomos procurar pelas opções de restaurantes e bem próximo a praia do Mar de Fora existe uma praça de alimentação com oito quiosques, entre restaurantes e petiscarias, onde é possível encontrar porções (peixe, camarão e fritas são as mais comuns), açaí, lanches e pratos comerciais que servem até 3 pessoas. Na média gastamos R$ 25,00 por pessoa e ficamos satisfeitos, tanto pela comida quanto pelo valor pago. A ilha como um todo pratica um preço bem abaixo do comumente encontrado em outras cidades litorâneas mais turísticas.

Além da praça de alimentação, que também funciona na madrugada com muita música a base de forró, funk e eletrônico, a orla da Praia de Encantadas conta com muitas opções de comida. Existem pizzarias, petiscarias, restaurantes, lanchonetes e até comida oriental. Os preços variam muito de lugar para lugar, desde pratos econômicos a outros pouco mais sofisticados e caros. Nosso consumo foi a base de pequenos mercados, com preços justos na bebida e comida (uma lata de Heineken por R$ 3,75 foi um bom negócio). A ilha tem plenas condições de receber desde quem tem pouco para gastar, mas não quer passar vontade, até quem quer dar uma ostentada. Foi uma das viagens mais econômicas, nessa questão, que já fizemos.

A noite na Ilha do Mel

Quando a noite caí na Ilha e na região de Encantadas, significa que a diversão está apenas começando. Mesmo sem iluminação pública, as noites da Ilha do Mel são agitadas e por volta das 18h30 os visitantes podem conhecer um dos pontos comerciais mais famosos: a Toca do Raul.

Toca do Raul (Foto: Leandro Seles)

 

O pequeno bar, à base de madeira como a grande maioria das construções locais é todo decorado com recortes e frases que remetem ao grande ícone do rock nacional. Até sua filha, a Dj Vivi Seixas já passou por lá e deixou sua marca. Mas a fama do espaço não se dá somente pelo seu nome e decoração, o drink exclusivo, chamado Meleka, foi criado pelo proprietário da Toca, que jura nunca ter experimentado a bebida. Por apenas R$ 5,00 você pode tomar um shot do goró, que leva em sua receita um misto de mel e ervas, é docinha e muito saborosa, mas engana-se quem pensa que é inofensiva, em grande quantidade a bebida pode ter o efeito Tequila. Quem quiser levar a bebida para casa também pode, a garrafa de Meleka custa R$ 35,00.

Toca do Raul (Foto: Leandro Seles)

 

Após às 23 horas poucos lugares ainda permanecem abertos: alguns bares na orla de Encantadas, lanchonetes, alguns quiosques localizados na praça de alimentação próximo à praia do Mar de Fora e o bar mais famoso da ilha, o Cavalo Marinho – uma espécie de Pub tropical que recebeu bandas todos os dias que ficamos hospedados, o repertório variava do reggae ao pop rock, o bar lotava com frequência e uma long neck de cerveja é encontrada pelo valor de R$ 10,00. O lugar é a melhor opção para quem quer dançar e conhecer novas pessoas nas noites da Ilha do Mel.

Com noites propicias, a galera mais jovem se junta nas areias da praia do Mar de Fora para conversarem, tocar instrumentos musicais, cantarem e se divertirem. É o popular “Lual”, que na noite do primeiro dia de 2018, sob a luz de um belo luar, reuniu tranquilamente mais 100 pessoas espalhadas em diversas turmas, cada uma curtindo da sua maneira.

O que é essencial saber antes de ir para lá?

Primeiro: na ilha não existem farmácias. Segundo: lá também não tem nenhum banco ou terminal eletrônico para sacar dinheiro. É bom ir prevenido, com os medicamentos que faz uso ou que pode precisar por lá. Apesar de não existir farmácias, a ilha possui uma unidade de saúde que funciona 24 horas que presta atendimento básico aos moradores e turistas. Em casos de emergência um helicóptero fica à disposição para prestar socorro, capaz de fazer o transporte de alguém ferido até um hospital em poucos minutos.

É bom levar dinheiro em espécie, certos lugares não aceitam cartão, principalmente de crédito. Precisamos fazer um malabarismo financeiro para conseguir permanecer até o último dia com dinheiro vivo na mão. Caso ocorra algum imprevisto, será necessário pegar a balsa até Pontal do Paraná. Outra informação indispensável é que na ilha não existe iluminação pública, portanto uma lanterna pode ser um acessório bem útil durante sua estadia por lá.

Em casos de emergência com medicamentos ou dinheiro vivo, será necessário voltar até Pontal de Paranaguá de balsa (Foto: Juliana Elias)

 

Choveu! O que fazer?

Se chover não vai ter jeito, se molhar um pouco é regra, exceto se levar um guarda-chuvas (que eu esqueci). No terceiro ou quarto dia de viagem choveu o dia inteiro, desde o amanhecer até a noite, parando só no início da madrugada. Nos rápidos intervalos e nos períodos de menor intensidade aproveitamos para almoçar e conhecer outros lugares perto do camping. Descobrimos então o Café Francês, um espaço muito aconchegante e com enorme receptividade. Nos servimos de uma generosa fatia de bolo, que no dia tinha disponível nos sabores de leite ninho e nega maluca, pelo modesto preço de R$ 5,00. A casa serve também cafés, chás, porções de bolinho de chuva, tapioca e outros especialidades do dia. Vale a pena conhecer.

Em dias de chuva, nada que um delicioso bolo e um chocolate quente não resolva (Foto: Juliana Elias)

 

A virada do ano

O aguardado réveillon chegou mais rápido do que o esperado, os primeiros dias da viagem renderam muito, enquanto os últimos passaram voando. O dia 31 teve períodos de sol durante o dia, mas à noite choveu um pouco, praticamente das 20h até a 1 da manhã. Mas nem o mau tempo impediu os turistas de comemorarem: à meia a noite quase todo mundo já estava molhado, estourando champanhe e festejando a chegada de 2018. Bares e outros estabelecimentos tinham músicas ao vivo ou Djs, que agitaram a noite da ilha madrugada adentro.

Réveillon Ilha do Mel 2018 (Foto: Jhonin Cervantes)

 

A despedida

O presente de despedida da Ilha do Mel para gente foi um primeiro dia de janeiro de muito sol, aproveitamos a praia do Mar de Fora boa parte do dia. Já no período da tarde conhecemos a Praia do Miguel, quase deserta, com águas calmas e cristalinas, perfeitas para um banho relaxante. Para chegar até lá nos perdemos em duas trilhas no Morro do Sabão, até que encontramos a correta. Nos últimos dias de viagem as pernas já não respondiam com o mesmo vigor do começo, mas as águas da Praia do Miguel foram tão enérgicas que a volta para o camping foi tranquila e calma, principalmente porque encontramos a “Bica do Norinho”, um ponto meio escondido com água potável fresca.

Ao fim do dia, vimos um belo pôr do sol na Praia do Lanço do Campo, uma praia cheia de pedras enormes, que fica de frente para onde o sol se põe. As rochas formam a paisagem do local, que pode ser acessado por uma trilha que passa por trás de algumas pousadas. Em poucos minutos é possível chegar a rua dos Bobos, um mirante que proporciona uma linda vista e o acesso à praia.

Praia do Lanço do Campo, recheada de pedras enormes, onde é possível ver um belo pôr do sol (Foto: Juliana Elias)

O Buraco da Sereia (Foto: Maurício Ferreira)

 

Quem encontrou o caminho que levava até o local foram os meninos do Slackline, eles levaram os equipamentos com o intuito de encontrar um bom pico para praticar o esporte e aproveitar a paisagem. Emanuel Pádua, um dos atletas, contou que o local já fornecia a estrutura básica com alguns parafusos necessários para a instalação da fita, esticada de uma pedra a outra a 35 metros de distância e seis de altura.

“Passamos um pouco de perrengue para armar porque como os pontos não ficam na orla e sim mar adentro tivemos que tomar alguns cuidados com os mariscos e ouriscos que ficam ali, além de sempre nos manter atentos quando a maré estava enchendo. Passamos meio dia pensando em como instalar os equipamentos e cerca de duas a três horas para concluir o trabalho. Depois foi só curtição, uma delícia, todo mundo da equipe andou e até mesmo quem não sabia teve a experiência de subir na fita. É um lugar muito lindo, porque ali é onde passam as balsas com os containers, então fica em uma visão privilegiada”, conta Emanuel.

Outros esportes radicais podem ser encontrados e praticados na ilha, como o paraquedismo, o esqui aquático, surf, stand-up e outros.

Emanuel Pádua (Foto: arquivo pessoal)

 

Classificação da viagem

Destino: Ilha do Mel/PR

Gasto médio por pessoa (camping, alimentação e passeios): R$ 1.000,00

Tempo de estadia: 7 dias

Nota para a experiência: 9,0

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