Projeto de lei quer criar o Dia Municipal do Orgulho LGBTI em Mirassol

publicidade

Na sessão legislativa desta segunda-feira (25) foi apresentado o Projeto de Lei n° 75/2017, de autoria do vereador Daniel Sotto (PMDB), que inclui o Dia do Orgulho LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex) no Calendário Oficial de Comemorações do Município. A redação do Mirassol Conectada entrou em contato com o vereador para saber mais sobre a proposta. Confira:

MC: Qual é o objetivo deste projeto de lei?

Vereador Daniel: A inclusão no Calendário Oficial do Município, do dia do Orgulho LGBTI é a primeira bandeira erguida em nossa cidade com o propósito de tornar efetivas as políticas públicas destinadas à população LGBTI. É uma forma de tornar oficial a luta pelos direitos dos cidadãos.

 

MC: Por que o projeto foi proposto se a data já é comemorada mundialmente?

Vereador Daniel: Entendo que o nosso município encontra-se atrasado na formulação de critérios e parâmetros para a implementação de políticas que assegurem a cidadania e o combate a qualquer tipo de fobia contra a diversidade sexual. Uma lei municipal, propondo a inclusão do dia do Orgulho de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex, certamente irá despertar o engajamento da população de nossa cidade nessa luta. Com a aprovação deste projeto, vamos iniciar uma luta para trazer esse movimento para Mirassol com a realização de eventos, tendo a participação de colaboradores e ativistas, sempre na busca da consolidação de direitos do ser humano. Enfim, da mesma forma que acontece em quase todo o mundo, Mirassol também irá comemorar esta data.

 

MC: A Câmara de Mirassol possui dados municipais sobre agressões contra homossexuais?

Vereador Daniel: Não, não temos.

 

MC: O vereador considera a população da cidade esclarecida sobre o assunto ou existe ainda muito preconceito?

Vereador Daniel: Infelizmente ainda existe muito preconceito. Talvez não esteja escancarado, mas o preconceito acontece a todo instante. A aprovação deste projeto irá ajudar a população a entender que a homossexualidade não pode ser considerada crime e muito menos uma doença.

A proposta do parlamentar foi encaminhada, após a sessão, para a Assessoria Jurídica do poder legislativo e aguarda agora a decisão das comissões envolvidas.