O ex-vereador e candidato a prefeito na última eleição municipal em Mirassol, Luiz Carlos Donegá Neto, teve os bens bloqueados pela justiça durante a operação “Arquivos Deslizantes”. O Ministério Público investiga um esquema de fraude em licitações para a compra de armários por Câmaras Municipais da região que organizavam o processo através de cartas marcadas. Além de Mirassol, as cidades de Ariranha, Araçatuba, Olímpia e Jales também estão envolvidas. O valor total das fraudes soma quase R$ 400 mil reais.
Donegá é acusado pelo MP de participar do esquema enquanto ocupava cargo na Presidência da Câmara de Mirassol durante seu mandato em 2009/2010. O juiz da 1ª Vara de Mirassol, Marcelo Andreotti, determinou o bloqueio de R$ 68,5 mil em bens do ex-presidente. O servidor público Valdeni Gouvea também foi indiciado.
De acordo com as investigações, o vereador de Catanduva considerado líder da organização criminosa, Daniel Palmeira, direcionava as licitações de compras de armários para a própria empresa e enviava modelos de documentos iguais para as diferentes Câmaras executarem o mesmo processo de contratação. Há registros de e-mails diretos entre a Câmara Municipal de Mirassol com o parlamentar. Ainda de acordo com o MP, em todas as situações com as diferentes cidades, Palmeira negociava propina com os políticos e servidores envolvidos no processo.
Donegá atualmente é Assessor Parlamentar do Deputado Estadual Sebastião Santos e não quis comentar as acusações.
