SP inicia última etapa da campanha de vacinação contra a gripe nesta quarta-feira (9)

Meta é imunizar pelo menos 90% dos públicos da campanha, mas foi superada somente entre indígenas; cobertura de demais grupos prioritários

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O Estado de São Paulo inicia nesta quarta-feira (9) a última etapa da campanha de vacinação contra a gripe. A terceira fase tem como meta alcançar as 5,1 milhões pessoas com comorbidades e com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual e mental ou múltipla); caminhoneiros, trabalhadores portuários e de transporte coletivo; profissionais das forças armadas, de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional;  população privada de liberdade e jovens e adolescentes sob medidas socioeducativas.

Visando reduzir aglomerações para reforçar a prevenção à COVID-19, o cronograma da campanha foi dividido em três etapas que se estenderão até 9 de julho e, por isso, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo segue convocando todos os públicos para garantirem sua dose de proteção contra o vírus Influenza.

A primeira etapa começou no dia 12 de abril, totalizando 5,5 milhões de pessoas. Desse total, somente 2,7 milhão aderiram à campanha até o momento, somando 1,79 milhões crianças (54,4% de cobertura vacinal), 208,2 mil gestantes (47,6%), 683 mil profissionais da saúde (44%) e 39,1 mil puérperas (54,4%). Também foram vacinados 5,8 mil indígenas (100%).

Lançamento da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, durante cerimônia em Porto Alegre.

Na segunda foram incluídos os idosos (pessoas com 60 anos ou mais) e professores, somam mais 7,8 milhões de pessoas. Desses grupos, foram vacinados mais de 2,5 milhão de idosos, registrando 35,4% da cobertura vacinal, e 195,2 mil professores, 35,8%. (confira abaixo dados por região).

Estes grupos podem continuar comparecendo aos postos mesmo com o início da terceira etapa da campanha.

“Contamos com a participação dos nossos idosos e também dos professores para que se protejam contra o vírus Influenza. É fundamental a conscientização de todos os públicos da campanha para a vacinação”, diz a diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araújo.

Seguindo a legislação, deverão ser priorizados nas salas vacinais os idosos com mais de 80 anos e há triagem diferenciada e orientações para quem apresentar sintomas respiratórios.

O Instituto Butantan disponibiliza ao Brasil 80 milhões de doses da para a campanha nacional, com produção integral do imunizante e sem necessidade de importação de matéria-prima. O imunizante deste ano é constituído por três cepas de Influenza: A/Victoria/2570/2018 (H1N1)pdm09; A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).

Em 2020, o Estado de São Paulo registrou 809 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) atribuíveis ao vírus Influenza e 119 óbitos.

“A gripe e a COVID-19 são doenças respiratórias que circulam simultaneamente aqui no Estado. Por isso, toda medida preventiva é necessária para cuidar de si e do próximo. A vacina é totalmente segura e não causa gripe, pois é composta apenas de fragmentos do vírus que garantem a devida proteção”, complementa Núbia.

COVID-19

Quem está nos grupos da campanha de gripe e também estiver entre os públicos da vacinação contra COVID-19 deve respeitar um intervalo de 14 dias para receber doses destinadas a prevenção contra estas doenças.

Se houver interesse em intercalar o cronograma, como o imunizante contra o novo coronavírus é aplicado em duas doses, é possível receber a primeira, aguardar 14 dias para receber a da gripe, e depois esperar no mínimo mais 14 dias para receber a segunda dose contra COVID-19.

Respeitando os protocolos de prevenção, as salas de vacinação deverão manter organização do ambiente e evitar aglomerações, com distanciamento entre mesas e profissionais e pacientes, além da disponibilização de álcool para higienização das mãos.

A aplicação da vacina contra a gripe deve ocorrer em sala distinta da reservada para imunização contra COVID-19.

Os profissionais estão orientados a fazer triagem com identificação de paciente com sintomas respiratórios, como tosse, coriza e falta de ar. Os que apresentarem apenas tosse ou coriza poderão receber a vacina, com a orientação para procurar um serviço de saúde. A mesma recomendação será dada aos que apresentarem febre ou mau estado geral, e neste caso a aplicação da vacina precisará ser reprogramada até a recuperação do quadro clínico.