Câmara de Mirassol rejeita criação do Dia do Orgulho LGBTI

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Foi rejeitado na sessão legislativa de ontem (23.10) o projeto de lei que incluiria o Dia do Orgulho LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex) no calendário oficial de comemorações de Mirassol. A proposta de autoria do vereador Daniel Sotto (PMDB) foi apreciada nominalmente e teve 2 votos a favor e 7 contrários. O Presidente da Câmara não votou. Foram favoráveis apenas o próprio autor e o vereador Pedro Palma (PROS). Sem justificar seus respectivos posicionamentos, foram contra os parlamentares: Pastor Ademir Massa (PHS), Mineiro (PTB), Marcão Alves (PHS), Nardinho (PROS), Sérgio Leiteiro (PRB), Pinatto (PSB) e Walmir Chaveiro (PTB).

Nas redes sociais, a população comentou a decisão da Casa de Leis com opiniões contrárias e a favor do projeto. Clique aqui para conferir e opinar.

Após o término da sessão, o autor da proposta conversou com a redação do Mirassol Conectada. “É deprimente e lamentável a rejeição desse projeto por essa Casa de Leis. É ridículo continuar com essa discriminação. Estamos vendo os gays apanhando e sofrendo vários tipos de violência todos os dias. As pessoas tem que abrir a mente para que não aconteça mais isso. Esta data é comemorada mundialmente, veja a importância! Recentemente, até uma novela abordou o tema. Queria deixar claro que o projeto não geraria gastos para o município nem iria transformar ninguém (todos temos o livre arbítrio), na verdade, seriam elaboradas campanhas de conscientização. Respeito a opinião das pessoas mas, pelo jeito, deu pra ver por essa votação que está faltando palestra educativa em Mirassol mesmo”, disse Sotto.

Cine-debate vai discutir homofobia neste sábado. Saiba como participar:

O grupo de estudos do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro (núcleo de Mirassol) realiza neste sábado, a partir das 14h30, um cine-debate no espaço Baratazul, para discutir a intolerância contra a comunidade LGBT. “O evento tem como objetivo procurar introduzir tolerância e pautas do movimento lgbt+ (como a violência, direito a identidade, etc). Começaremos com cenas de um filme para conseguirmos obter uma abordagem didática para alcançar exatamente esse público que não tem informação sobre a causa, além dos simpatizantes”, disse a integrante do grupo e estudante de Ciências Sociais, Carol Marioti.

O coletivo, através de comunicado, também comentou a decisão do Poder Legislativo:

“Nosso coletivo dá total apoio para um projeto como esse, que visa conscientizar a população e também dar visibilidade à essa parcela da sociedade. Essas pessoas sofrem diversos tipos de ataques e ofensas a todos os momentos, é importante para nós mostrarmos que, além de termos orgulho de quem somos, também não há nada de errado com a diversidade. Infelizmente, o fato de um projeto assim não ter sido aprovado mostra como nossa cidade está fechada para esse tipo de debate. Abri-lo é extremamente necessário, esse é o nosso objetivo. Estamos sempre dispostos à conversar sobre assuntos considerados polêmicos e tabus para a comunidade, desconstruindo preconceitos”.

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