Com alta de síndromes respiratórias, HCM enfrenta superlotação em UTI pediátrica

Direção da instituição emite comunicado à imprensa sobre problema de superlotação (foto: divulgação)
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O Hospital da Criança e Maternidade (HCM), de Rio Preto vem sofrendo com a superlotação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica nas últimas semanas. A instituição emitiu um comunicado à imprensa informando que nesta quarta-feira (19), 26 leitos de UTI pediátrico estão ocupados, extrapolando os 20 leitos pactuados com o Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a taxa de ocupação de leitos acima dos 100%, o HCM trabalha em plano de contingência e por isso não está recebendo novos pedidos de internações. “Estamos enfrentando problemas com síndromes respiratórias pelo menos duas vezes ao ano. Temos um número substancial de leitos, mas não é suficiente para atender nossa região. Fazemos o que está ao nosso alcance. Mas quando nossa instituição chega em um ponto que não temos mais condições de absorver a demanda e acolher estes pacientes fica muito difícil para nós”, explica o diretor administrativo do HCM, Dr. Antônio Soares Souza.

O aumento nas internações é decorrente de síndromes respiratórias. “Temos muitos casos de bronquiolite e também de pneumonia. Isto ocorre devido as mudanças no clima das últimas semanas. Esta situação é bastante atípica, pois estas síndromes são comuns no inverno. E, nestes períodos, também não deixamos de receber as outras demandas, como cirurgias cardiológicas, neurológicas e de emergência/urgência”, diz Dra. Marina Catuta, diretora clínica do HCM.

“É importante destacar que recebemos o apoio da Secretaria do Estado, temos parceria com município. Mas não podemos continuar concentrando todas demandas como acontece hoje no HCM. Outras instituições precisam também buscar credenciamento de UTI pediátrica ou enfermaria pediátrica. Precisamos discutir sobre esta ampliação”, afirma o diretor executivo da Funfarme, Dr. Jorge Fares.

No início deste ano, a Funfarme investiu na construção e na estruturação de dez leitos de UTI pediátrica. “Com a alta nos casos de bronquiolite que tivemos no início deste ano, fizemos este alto investimento tanto estrutural quanto na manutenção. E, com a queda das doenças respiratórias e a falta de verbas, optamos por encerrar a atividade desta unidade. Mas, nesta sexta-feira, vamos para São Paulo buscar credenciar as dez UTI, que estão prontas para funcionar”, diz Dr. Jorge Fares.