Mirassol participa da Semana Estadual de Prevenção e Controle de Leishmaniose Visceral

Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral tem tratamento para seres humanos

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A Prefeitura de Mirassol, por meio do Departamento Municipal e Saúde, participa da Semana Estadual de Prevenção e Controle de Leishmaniose Visceral com início nesta segunda-feira (09) e término no sábado (14). Com a parceria da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, a campanha tem como finalidade o desenvolvimento de ações educativas pelas redes sociais da Prefeitura visando a sensibilização da população sobre a transmissão da doença, manejo ambiental para controle do vetor, e a guarda responsável dos animais de estimação.

A Leishmaniose Visceral é uma doença grave que afeta animais e pessoas, causada pelo protozoário do gênero Leishmania sp. e transmitida pelo inseto vetor flebotomíneo, conhecido como mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis).

A fêmea do mosquito palha (L. longipalpis) se infecta ao picar um cão doente contaminado com o protozoário e passa a transmití-lo a outros cães e seres humanos nas próximas picadas.

Os vetores são insetos pequenos, com 2 a 3 milímetros, e costumam picar ao entardecer e à noite. Desenvolvem-se em locais úmidos e sombreados com acúmulo de matéria orgânica (folhas, frutos, lixo orgânico em apodrecimento, galinheiros).

Em humanos a LV é uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, fraqueza e perda de energia, anemia, aumento de baço e fígado. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.

No cão, principal reservatório e fonte de infecção no meio urbano, a doença caracteriza-se por febre irregular, apatia, emagrecimento progressivo, descamação e úlceras na pele (especialmente no focinho e nas orelhas), conjuntivite, paralisia das patas traseiras, fezes sanguinolentas e crescimento exagerado das unhas.

“É muito importante a conscientização da população para que mantenham os quintais devidamente limpos, livre de galinheiros e pocilgas, podando árvores e removendo resíduos de capina e folhagens, eliminando os ambientes favoráveis à existência do inseto, mantendo nosso município livre da transmissão local desta grave doença”, alerta Evelyn Costa Gonzales de Lima, médica veterinária da Vigilância Epidemiológica.

Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral tem tratamento para seres humanos, sendo totalmente gratuito na rede SUS.

Para animais, existe apenas um medicamento devidamente registrado no Ministério da Agricultura, consistindo em um tratamento caro, e ainda não há comprovação científica de que o cão fique livre do parasita, representando risco à saúde de humanos caso exista a presença do vetor na área.

À menor suspeita de que o cão possa estar doente, deve ser levado ao Médico Veterinário, pois a leishmaniose causa muito sofrimento aos animais acometidos e sem o tratamento adequado, a morte ocorre rapidamente. Além de levar ao Médico Veterinário para o correto diagnóstico, o cão deve usar a coleira repelente de insetos, sendo a principal medida preventiva comprovadamente eficaz.

O exame em cães suspeitos, pode ser realizado em Mirassol de forma gratuita através pela Vigilância Epidemiológica do DMS, que encaminha o material para análise ao Laboratório Instituto Adolfo Lutz. Outras informações podem ser obtidas através do telefone 3253-9980 e falar na Vigilância Epidemiológica.