Mirassol recebe prêmio estadual por trabalho contra sífilis e sífilis congênita

Mirassol foi representada pelo diretor de Saúde, Frank Hulder de Oliveira, a chefe da Vigilância Epidemiológica, Mara Cardoso Souto, e pela auxiliar de enfermagem Sandra Prado (Foto: Divulgação)
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A Prefeitura de Mirassol, por meio do Departamento Municipal de Saúde, recebeu o prêmio “Luiza Matilda” durante a 7ª Semana Paulista de Mobilização Contra a Sífilis e Sífilis Congênita, entregue para cidades paulistas que atingiram indicadores selecionados para redução ou eliminação da doença. A cerimônia de premiação aconteceu nesta última segunda-feira (05), no Centro de Convenções Ibirapuera, em São Paulo. Mirassol foi representada pelo diretor de Saúde, Frank Hulder de Oliveira, a chefe da Vigilância Epidemiológica, Mara Cardoso Souto, e pela auxiliar de enfermagem Sandra Prado.

A premiação considerou dados referentes aos anos de 2020 e 2021, período em que Mirassol não registrou ocorrência de casos de sífilis e sífilis congênita. A eliminação da doença resultou no trabalho desenvolvido pela Vigilância Epidemiológica do município em conjunto com toda a rede municipal de saúde.

“Receber este prêmio é sentir a valorização do trabalho de muitos, porque ninguém trabalha sozinho. É necessário ter pessoas comprometidas para se fazer um bom trabalho, desde aquele que preenche uma ficha, como aquela pessoa que digita, aquele que colhe os exames, seguidos de dados, assim como aquele que faz a visita domiciliar. Enfim, a importância de receber este prêmio é saber que lutamos para que essa doença não prejudique nossas gestantes e seus bebês. Hoje a palavra é de gratidão pois em tempos tão difíceis podemos contar com uma equipe que se desdobra para fazer acontecer no município”, disse Mara.

O que é?

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).

Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.

A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação, podendo evoluir para aborto, graves sequelas ao recém-nascido até mesmo óbito. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal é fundamental pois viabiliza o diagnóstico e tratamento adequado, evitando assim a transmissão para o recém-nascido.

No Espírito Santo, é possível identificar o aumento de número de casos no ano de 2022 comparados ao ano de 2021, sendo que de janeiro a 10 de outubro de 2022, foram notificados 3.906 casos de sífilis adquirida, 1.252 casos de sífilis em gestantes e 432 casos de crianças com sífilis congênita. Já durante todo o ano de 2021, foram registrados um total de 4.516 casos de sífilis adquirida, 2.034 casos de gestantes com sífilis e 560 casos de crianças com sífilis congênita no Estado.

Como prevenir a sífilis?

O uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina é a medida mais importante de prevenção da sífilis, por se tratar de uma Infecção Sexualmente Transmissível.

O diagnóstico precoce através da realização de Testes Rápido disponível em todas as Unidades de Saúde, também é uma forma de prevenção pois quanto mais precoce o tratamento, menor a transmissão para outras pessoas.

O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.

Quais são os sinais e sintomas da sífilis?

Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com cada estágio da doença, que se divide em:

Sífilis primária – sintomas

Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias.

Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

Sífilis secundária – sintomas

Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.

Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.

Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.

Sífilis latente – fase assintomática – sintomas

Não aparecem sinais ou sintomas.

É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).

A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

Sífilis terciária – sintomas

Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção.

Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.