Médicos falam sobre endometriose, doença que a cantora Anitta foi diagnosticada recentemente 

Anitta (foto: reprodução/arquivo pessoal)
publicidade

A cantora Anitta revelou em suas redes sociais que tem endometriose, doença crônica, benigna e que atinge de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva. Além de jogar luz sobre esta doença, o que chamou a atenção foi o tempo enorme para ser diagnosticada. A cantora conta que durante nove anos de sentiu dores fortes sem que se soubesse a causa. Anitta não é um caso isolado. A endometriose acomete uma em cada 10 mulheres no Brasil e pode causar a infertilidade feminina.

“A história de Anitta reforça o quanto é importante consultar-se ao menos uma vez por ano com o médico para se ter o diagnóstico precoce. Infelizmente, estudos mostram que o intervalo entre o início dos sintomas até o diagnóstico da endometriose é, em média, de oito anos”, afirma o ginecologista e obstetra Paulo Eduardo Colombo, do Austa Hospital, de Rio Preto.

Por ser a endometriose uma doença de difícil diagnóstico, o ginecologista geralmente conta com o auxílio de exames por imagem conduzidos por ele mesmo ou pelo médico radiologista em serviços de saúde especializados.

“Por ser a endometriose uma doença que infiltra nos órgãos, como acontece com outras doenças como pólipos, cistos e miomas, ela é descoberta ou confirmada muitas vezes somente através do exame por imagem”, explica o radiologista Guilherme de Araújo Ramin, médico do Austa Medicina Diagnóstica.

A ressonância magnética e o ultrassom transvaginal com preparo intestinal são os procedimentos realizados na Austa Medicina Diagnóstica para determinar se a paciente tem endometriose. “Além de serem muito importantes para o médico confirmar a doença, são exames muito precisos, não invasivos, indolores e rápidos, feitos em, no máximo, 30 minutos”, destaca o médico radiologista. Outra alternativa diagnóstica, porém, feita em centro cirúrgico, é a laparoscopia.

Dr. Ramin salienta que é imprescindível que a ressonância seja realizada sob a coordenação e avalição de médico radiologista.

A endometriose pode ser extremamente incapacitante, provoca cólicas menstruais severas, dores abdominais fora do período menstrual, dores nas relações sexuais e sintomas intestinais e urinários. “É a principal causa de dores pélvicas em mulheres, assim como a principal causa de infertilidade feminina. Cerca de 40% das mulheres de casais inférteis têm endometriose”, informa Dr. Paulo Eduardo.

A endometriose acontece quando o tecido da camada interna do útero – que sai na menstruação – começa a crescer fora dele. Os sintomas são cólicas menstruais de maior intensidade e dor na relação sexual, mas há a possibilidade de outros associados como a alteração da função intestinal durante períodos menstruais e urinários nestes mesmos períodos.

Além da consulta na qual baseia-se na história clínica da paciente, o médico conta o auxílio de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, para fazer o diagnóstico. Os tratamentos basicamente são os medicamentosos e os cirúrgicos.
“Independentemente do tipo de tratamento devemos sempre pensar em realizar uma abordagem mais ampla, pensando em lidar com o lado emocional dessa paciente, ajudando-a de todas as formas”, afirma Dr. Paulo Eduardo.

Quando indicada, a cirurgia deve ser feita em hospital que conta com profissionais especializados e capacitados e com infraestrutura que ofereça segurança e conforto à paciente. O Austa Hospital é um centro de referência na região Noroeste onde são realizadas cirurgias por laparoscopia ou videolaparoscopia que permitem o diagnóstico e tratamento da endometriose e de outras doenças ginecológicas. “O conhecimento adquirido nos últimos anos, aliado à infraestrutura hospitalar, nos possibilita realizar procedimentos minimamente invasivos e com recuperação rápida, o que beneficia muito a mulher”, finaliza o ginecologista do Austa Hospital.

Ginecologista e obstetra Paulo Eduardo Colombo, do Austa Hospital (foto: divulgação)