RESENHA: Homem – Aranha: Longe de Casa

Novo longa do MCU abraça o mistério e volta pra casa

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Por Fernando Henrique Alves Arruda 

Peter Parker (Tom Holland) já não é um rosto desconhecido nas telonas, suas teias e inseguranças são objetos dos mais variados sentimentos do público. Longe de casa, o jovem herói se depara com situações típicas de adolescente: paquera, insegurança e ingenuidade. Sensações que vão sendo potencializadas pelo clima de mistério que ronda o longa.

A visão de Jon Watts (diretor) é a mais cartunesca possível, deixando de lado explicações e acalentando o velho leitor de HQ. Usando Nick Fury (Samuel L. Jackson) como interlocutor da problemática e ponte para a trama com Mysterio. A dupla de roteiristas apresentam uma epopeia psicodélica oriunda dos mais variados problemas a sociedade atual. A ação vem acompanhada do roteiro da turma de Parker, que se mostra como forte presença narrativa; mostrando conflitos, sentimentos e situações que só um grupo de adolescentes podem proporcionar.

Dentro do caos entra em cena (Jake Gyllenhaal) com seu Mysterio, com uma atuação carismática o ator compra e vende a ideia na medida certa; deturpando o sentido aranha e dando um ‘’blip’’ no telespectador. Suas ilusões enchem os olhos graficamente, não se importando com o potencial narrativo. Equilibrando o cartoon e realista, caímos em outro ponto recorrente da trama que se mostra como uma metáfora da sociedade fora das telonas: Fake News.

Mysterio se torna claro com seu discurso de que as pessoas querem um mártir e alguém para acreditar, e faz de um itinerário escolar uma enxurrada de respostas proporcionadas por quem mais as buscam, adolescentes. A ilusão, o luto e a ingenuidade proporcionam momentos em que Watts brinca com gêneros, trazendo terror psicológico para trama e salientando que o Homem – Aranha pode sobreviver sem Stark nas telonas.

Ainda em forte luto por Tony Stark (Robert Downing Jr), o estúdio mostra evolução em seu modus operandi; vem acertando na escolha de gêneros para seus filmes e visando bilheterias que chegam a bilhões. No fim, o longa se mostra para todas as idades, salientando ilusões de óticas diferentes, Há que vem vive dentro sem a devida noção e há quem escolhe viver.

Notícias reveladas pelo newsletter The Ankler, comandada pelo jornalista Richard Rushfiled , foi que o acordo em Sony Pictures e Marvel Studios teria estabelecido de que Longe de Casa teria que alcançar a marca de US$ 1 bilhão nas bilheterias para a Marvel encomendar um terceiro filme. Caso contrário, o herói retornaria a ser exclusivo da Sony. Aguardaremos o que o contrato de confiança do público determinara sobre o futuro.

Trabalha como montador e reparador de computadores. Graduando em Letras – Inglês na Universidade Estácio de Sá (UNESA), tem em andamento a escrita de um livro em forma de coletânea. Um processo amplo que apresenta reflexões de costumes, e experiências filosóficas das sociedades com o passar do tempo. Tem a literatura e o cinema como seus pilares.

 

Escrever é a melhor forma de se comunicar com o mundo; onde consegue colocar seus medos, pensamentos, angustias e principalmente seus sonhos. A imersão na escrita é o refúgio para fora da realidade; das reflexões mundanas.